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João Monteiro ou Tebato Nakara |
| Nome Verdadeiro: João Francisco Monteiro. |
| Dia, Mês e Ano em que Nasceu: 21 de abril de 1916. |
| Onde Nasceu: Bragança. Trás-Os-Montes - Portugal. |
| Profissão Mais Modesta Exercida: Ascensorista. |
| Cargo em que Iniciou no Rádio: Humorista. |
| Em que Rádio Foi: Record. |
| Cargo em que Iniciou na Televisão: Humorista. |
| Em que TV Foi: TV Tupi. |
| Dia, Mês e Ano em que Faleceu: 31 de dezembro de 1988. |
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Todas as informações abaixo foram retiradas de jornais e revistas da época em que João Monteiro atuava, portanto achei melhor que a escrita da época fosse mantida. Os erros de Português atuais que forem encontrados, não eram julgados como erros na época.
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O importante é que a fidelidade da notícia foi mantida. |
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Texto retirado do jornal "A Gazeta Esportiva" do dia 24 de Setembro de 1961. Texto de: Arnaldo Fernandes. |
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JOÃO MONTEIRO INICIOU COMO CANTOR MAS FOI FAZENDO HUMOR QUE ALCANÇOU A CONSAGRAÇÃO |
| Vinte e nove anos ininterruptos de atividades artisticas - Tupi, Record, Bandeirantes e Atlantica, os prefixos que defendeu - A história inicia com uma imitação de japonês - O primeiro rosto que apareceu na TV - Quatro filmes na bagagem - Comediante também sabe chorar... |
| Embora tivesse iniciado a carreira artistica como cantor, João Francisco Monteiro alcançou a consagração na qualidade de humorista. Nunca imaginou que a simples caracterização de um despretencioso japonês, em 1937, com seu riso inconfundível, especial, lhe abrisse largos horizontes. Apreciava a arte cênica desde menino, Porém, não se entusiasmou de pronto. Paulatinamente foi gostando da coisa e seus segrêdos quando integrou o Corpo Teatral Amador do Trânsito, que se apresentava no Teatro "Lira", então localizado a rua São Joaquim. Naquêle palco, muitas horas de completa felicidade foram vividas. Representar comédias era tão fácil como dramas. Os abnegados idealistas que formavam no grupo não mediam esforços, dedicando-se inteiramente em prol da causa artística. Alguém de opinião respeitável no assunto precisaria dar o seu parecer. Dada essa necessidade, Osvaldo Moles e Spartaco Rossi foram especialmente convidados pelos responsáveis dos espetáculos. Elogiaram a iniciativa e, em particular, o trabalho de um jovem "nipônico", português de nascimento, chamado João Monteiro, que mais tarde se tornaria o famoso "Tebato Nakara", da Escola Risonha e Franca. |
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Cantor de Serenatas |
| Antes, porém, de abraçar a carreira radiofônica, o conhecido comediante das Emissoras Associadas, durante vários anos, cantou em "Diário de São Paulo para o Interior", acompanhado pelo Regional do Pinheiros. Serenatas da época eram interpretadas com absoluto êxito ante o microfone da Rádio Tupi. Aí, suas ambições engrandeceram-se. Mais uma etapa havia sido vencida com facilidade. Ganhando "cachês" polpudos ( cem mil réis mensais ) deu o primeiro passo, que se prolongou até o dia em que encontrou Adoniram Barbosa, casualmente. |
| Passagem pela Record |
| Moles estava em apuros. Necessitava de um comediante para personificar um japonês em sua criação risonha e franca. Lembrando-se do que assistira no Teatro "Lira" lançou mão do "cantor" João Monteiro, que passou a receber cento e vinte mil réis por mês, com contrato assinado. Ao lado de Adoniram e Ivo de Freitas marcou sua passagem pelo auditório da rua Quintino Bocaiuva, recebendo calorosos aplausos e incentivo do público e da crônica. Êle que havia interpretado sòmente papéis sentimentais ao vivo e, posteriormente, tentado como cantor, tinha à sua frente nova prova de fogo: humorista. Não se intimidou e as suas criações, "Tebato Nakara" e "Hiroito na Guerra" tornaram-se até 1945, ocasião em que voltou para a Tupi, aceitando um melhor convite de J. Antônio D'Avila e Corifeu de Azevedo Marques. |
| 18 anos no Sumaré |
| João Monteiro estreou em "Folias a Bordo", coadjuvado por Maria Vidal, Wellington Botelho e J.A. D'Avila , além de outros. Fazer rir êle sabia de cor e salteado. Dava vida aos ficticios personagens que vivia Sumaré. Após êsse programa, sucederam-se muitos outros durante dezoito anos. Mostrando também suas qualidades como radio-ator, trabalhou na famosa série de novelas de Oduvaldo Viana, que marcou época no sem-fio do Planalto. Tendo ao lado elementos já conceituados como Lia de Aguiar, Dionízio de Azevedo, Lima Duarte, Flora Geny, Norah Fontes, Júlio Nagib e Aida Mar, não lhe foi difícil obter sucesso nessas apresentações sérias. João Monteiro, com sua simplicidade a tôda prova, foi adquirindo confiança em si, agradando de tal forma que não mais precisou mudar de prefixo. Hoje, atua com destaque no horário nobre da Tupi, estrelando em "Ali Babá e os Quarenta Garçãos", "Da Boca para Fora", "Transatlântico de Luxo", "Sete Dias da Semana", "Minha Terra Nossa Gente" e "Hotel Praianinha", paralelamente com os compromissos da televisão. |
| Primeira "Cara" na TV |
| Já que falamos nesse engenho maravilhoso que é a televisão, acrescentamos que a primeira "cara" a aparecer no video da América do Sul foi a de João Monteiro. Num cubículo, o conhecido comediante acompanhava Aurélio Campos ante as câmeras da PRF-3. Finalmente, realizou a festa inaugural e a "Escolinha do Ciccilo" com Xisto Guzi e Lulu. |
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